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Columbine

Dia 20 de abril deste ano marca o 21º aniversário de um dos mais horríveis massacres em uma escola dos Estados Unidos. Naquele dia de 1999, Eric Harris e Dylan Klebold entraram na escola carregados com armas de fogo e bombas caseiras com apenas um objetivo: causar o maior dano possível, com maior número de casualidades. Para o livro-reportagem Columbine, Dave Cullen passou uma década debruçado nos arquivos policiais do caso, entrevistando sobreviventes e familiares das vítimas para trazer este forte relato sobre o crime que chocou o mundo. Columbine não foi o primeiro, nem o último, assassinato em massa nos Estados Unidos, mas foi um dos mais perturbadores e até hoje é relembrado — e até celebrados por uns, inclusive outros atiradores. Qual o diferencial desse massacre? Quais os motivos de dois jovens, aparentemente comuns, tornarem assassinos em massa? É isso que Dave Cullen tenta responder nas páginas de Columbine.

Naquele ano, o que você estava fazendo? É uma pergunta que nos fazemos ao relembrar Columbine. Eu lembro vagamente do caso, na época eu tinha 13 anos, mas assisti ao documentário de Michael Moore algum tempo depois — agora não lembro quando. E desde então acreditava que o motivo tinha sido o bullying. Coitados, eram vítimas dos valentões da escola, tal qual vemos nos filmes e séries que crescemos assistindo. Só ao ler o livro que vi que isso não foi o estopim, na realidade não foi nem o motivo. O massacre de Columbine não teve um motivo específico, apenas o desejo de uma mente psicopata em ter visibilidade — e conseguiu. Mas por quê? O jornalista esteve, na época, acompanhando o massacre como freelancer e passou algum tempo na comunidade, conversando com alunos, professores, religiosos e especialistas.

Eu não sou muito impressionável, ainda mais em relação a assassinatos e tal. Fico triste, até porque não sou psicopata, mas vejo com um certo distanciamento. Entretanto, os trechos do diário de Eric realmente me impressionaram: pingavam ódio gratuito. Palavras de raiva pura, que não eram da boca para fora, direcionados a ninguém específico — ele odiava toda a humanidade. Fiquei dias — e ainda estou — com isso na cabeça. Cullen não conseguiu entrevistar os pais de Eric, mas todos os relatos ninguém apontaram para o mesmo: eram pais rígidos, mas amorosos, que queriam apenas o bem de seu filho. Então, qual foi o gatilho? Como explica no livro, psicopatas não têm gatilho, apenas entram em combustão sem motivo aparente. Ler trechos do diário e descrição dos Vídeos do Porão é bem assustador, principalmente porque, nos vídeos, a mente doentia por trás dos acontecimentos, aparentemente, era Dylan — ele era o mais efusivo, gritava palavras de raiva e empolgação.

Página do diário de Eric Harris

Conforme o perfil descrito no livro, Dylan era um adolescente depressivo com pensamentos suicidas. Desenhava corações em seu diário e escrevia muito sobre amor. Extremamente tímido, tinha explosões de raiva quando se sentia humilhado. Até poucos dias antes do massacre, não escreveu nada sobre. Todo o plano era de Eric: ele comprou todo o arsenal, construiu as bombas, catalogou e escreveu os detalhes. Ainda tentou recrutar outro amigo, mas sem sucesso.

Eu não sabia, mas muitos sobreviventes escreveram livros sobre a sua experiência, assim como familiares das vítimas mortas. Até a mãe de Dylan escreveu um livro sobre o filho e suas vidas. No Goodreads, o livro tem boa pontuação! Só lembrei do filme “Precisamos Falar Sobre Kevin”, que a mãe leva toda a culpa pelo filho que cometeu um assassinato em massa na escola — e em casa, matando pai e irmã. Columbine não foi diferente: como os assassinos estavam mortos, a culpa recaiu sobre os pais.

O livro é forte, mas não sensacionalista. Não foca no sofrimento das vítimas, muito menos na espetacularização do crime. Inclusive, Cullen é um crítico ferrenho da cobertura da mídia sobre tais casos, em que dão muita atenção aos assassinos — principal motivo para eles cometerem crimes teatralizados. Columbine é um livro que não foca no crime em si, mas em mostrar quem eram os perpetradores. Não eram monstros, não estavam possuídos e o Satanás não estava sussurrando em seus ouvidos para fazer o mau. Não eram vítimas de bullying que não aguentaram mais sofrer na escola e se vingaram dos seus algozes. Eram um adolescente psicopata, que teve todas as chances de seguir com a vida (na época do crime, era acompanhado por psiquiatra, tomava medicamentos, e tinha seus pais na cola), e um adolescente suicida-depressivo.

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